Querido blog,
Estou em busca desse bendito propósito. Tem horas em que me pego pensando nele, tem horas em que não me importo, tem horas em que sou facilmente distraída, e tem horas em que fissuro a ponto de me perder. Então percebo que ainda não estou no caminho, que é melhor despreender.
Há mais ou menos um ano e meio, tive um burnout, e aos poucos tento me resgatar. Comecei através de livros financeiros, pois me preocupava com dinheiro e vivia correndo atrás dele (não que ainda não esteja, mas hoje levo da melhor maneira e da forma mais leve possível). Me exercitava em casa, pois não queria sair, e malhava com metade do treino do anime One Punch Man e metade do que lembrava da época em que frequentava academia. Playlists curtas no Spotify, água e barrinha de cereal.
Pesquisei sobre numerologia. Não sou muito amiga da astrologia, mas apreciava (raramente) ver o meu horóscopo. Diminuí drasticamente o consumo de açúcar na época — e até as compras desnecessárias. Foi um minimalismo misturado com uma pitada do que era essencial (aplicado radicalmente às finanças também).
Fui diversificando minha carteira e aplicando o mesmo conceito aos livros. Com o tempo, o conteúdo sobre neurociência foi ficando mais presente, na medida em que fui me autoconhecendo e tentando me curar aos poucos. Comecei a meditar, mudei de país, a reserva financeira foi sendo utilizada, a alimentação foi ficando mais pesada (pois já não era eu quem fazia o mercado). Existe gratidão… e descontrole ao mesmo tempo. E, novamente, a ansiedade voltou a aparecer.
Estou prestes a voltar para o país onde tive o burnout. E não — não foi culpa do país, nem de ninguém. Nem mesmo minha, pois eu ainda não me conhecia.
Queria saber se você também se importa com isso. Ou se simplesmente ainda não se conhece o suficiente. Ou nenhuma das opções. E tá tudo bem ❀

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