Não sei como começar, nunca fiz isso, mas quando estiver desanimada ou pensando nas coisas, e estiver cansada e/ou triste, fica tranquila, esse estado é temporário. Quando tiver triste, pode se movimentar ou escrever sobre isso, se quiser. Meditar também. Fico orgulhosa que consiga fazer. Continue assim, dando um tempo para priorizar esses espaços dentro do seu coração. Não tem problema ouvir barulhos. Lembra que barulho, ruído, seja lá qual for o nome que queira dar, é um sinal de saúde. Não por existirem surdos, não é sobre isso, mas é um termômetro do seu estado no momento. Se não quiser a todo custo ouvir qualquer coisa, não resista. Ouça, mesmo que incomode. Vai passar, sempre passa. Irrita, incomoda, não tem como evitar às vezes, mas, se deixar fluir/ouvir, vai ser melhor. Você não tem culpa por não querer ouvir ou escutar o que não quer, e tá tudo bem. Aceite o barulho, as pessoas, você, como é.

De vez em quando, sei que faz uns exercícios de reflexão e isso é maravilhoso e saudável. Não se compare com as pessoas, assim como não se deve comparar um país com o outro, são totalmente diferentes.
É engraçado como levam para o mesmo lugar: você mesma. Então, caso venha a sentir isso de novo, não resista, porque a intensidade de como ela vem vai diminuir e te deixar em paz. Ninguém está te cobrando nada. Sua mente julgadora é que está. Parece um drama. Mesmo que seja, vai passar. Se raiva passa, drama não vai ser diferente. Lembre-se se não é noite mal dormida, fome, falta de exercício ou intestino preso antes de dar conta do psicológico. Porque não vai existir lógica se tiver alguma lacuna nesses quesitos que acabou de escrever. Sua saúde física vem primeiro, porque ela vai influenciar na sua mentalidade e humor.
Quando quiser chorar, chore. Não segure. Às vezes me pergunto por que segura tanto o choro. Sei que prefere chorar sozinha, mas, caso chore na frente de alguém, não faz mal. Todo mundo faz isso, mesmo que todo mundo faça merda, isso não quer dizer que deva fazer também. Enfim, você me entendeu. Fazer merda também é natural. Praticamente todos os seres existentes fazem isso, e nenhum cheira a rosas. O que quero dizer é para não reprimir esse nó na garganta. Desata. Sente a leveza que traz quando chora. Quando chove, refresca, e você sente a força voltar no dia seguinte. Espreme a laranja ou limão, os sentimentos não.

Precisamos de estratégias, porque fugir de si mesma é impossível, mas não precisa ser assim. Temos coisas em comum, tipo comer um bolo acompanhado de um chá, se conversar. Dá para conviver em paz. Por exemplo, temos a gula e a preguiça, mas fazemos um acordo com o jejum e os exercícios. Quando quiser fugir, não fuja, não resista ao sentimento que vier. Tenho certeza de que vai esquecer, e o humor vai mudar. Existem outras alternativas, como fotografar qualquer coisa, ler, pintar, arranjar alguma planta. Ou, se quiser, também não fazer nada, sentir o tédio ou a emoção passar, sem estímulo do celular ou música.
Quando faz as contas, seja em ienes ou em reais, não desanime. Claro, não do jeito que imaginou que fosse, e nem dos universos paralelos que nunca existiram. Você ri à toa porque sente que é possível, e não ri de nervoso. Mesmo com ansiedade, mesmo não conseguindo sentir o tempo passar às vezes, é desafiador ouvir “daqui 10 anos”, mas, de qualquer jeito, o tempo vai passar. Se olhar para trás, vai ver que passou, não é surpresa. As finanças são importantes, sim, mas antes disso é a sua saúde mental. Os cursos que fez sobre finanças mostraram isso também. Desfazer de algumas crenças envolve se rasgar por dentro e chorar, mas depois da chuva vem o arco-íris. Os dias se resetam: sentimentos, pessoas, memórias. Mas sei que nem tudo vai embora. Seus sentimentos e pensamentos são prova viva disso. Você não calcula do dia 1 ao dia 3.650. Aliás, não sei se vai lembrar de tudo isso.


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